Idosos5 – Quando o idoso se dá conta de que está adoecido

A partir do momento em que o idoso entende que adoeceu, pode passar a observar com certa apreensão a movimentação da casa, as novas presenças e intui que sua posição independente, como membro (muitas vezes o provedor) da família, mudou ou foi até mesmo perdida.

Esse momento não precisa acontecer exatamente a partir de quando ele foi diagnosticado. Pode acontecer de ele ter sintomas e só se dar conta depois de ser comunicado. Não raro, a pessoa idosa diz que não é nada ou que é besteira, não precisa ir ao médico ou ser internada. Esta é uma forma natural de defesa das suas emoções, seus medos, sua sensação de desamparo. Ela nega ou minimiza a importância da doença. Muitas se recusam a ir ao médico. Quem irá comunicar a ela e de que forma, são questões decisivas nesse início, para que haja confiança tanto no familiar que irá acompanhá-la quanto no médico que irá assisti-la. É fundamental explicar de maneira clara, preferencialmente com bom ânimo, pois se trata de um momento bem delicado: que é hora dela ser cuidada e que você (e/ou mais alguém – é muito bom ter uma segunda pessoa que a pessoa idosa confie nesse momento) sempre estará junto ou acompanhando-a de perto, verificando tudo o que efetivamente puder, inclusive, (se for o caso, o trabalho de um eventual acompanhante ou cuidador). Não faça promessas que não possam ser cumpridas, nem minta. Mas faça sempre comunicações leves, sem um tom de gravidade ou de preocupação. Afinal, ela ou ele já estará apreensivo.

No caso desse novo paciente se apresentar debilitado ao ponto de não entender o que lhe é dito, mesmo que esteja sedado, você deve falar com ele. É provado em estudos que pessoas sedadas ou em coma, ao voltarem, relatam o que foi dito ou descrevem onde elas estavam. Explique o que você estiver fazendo e, principalmente, usar palavras de ânimo e carinho.

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